“Entendemos que o voluntariado - tal como o que desenvolvemos na ACM - precisa de ser incentivado e valorizado, sendo fundamental dar mais condições e melhorar a eficácia, tanto dos voluntários como das organizações e instituições”, explica a Direção da ACM que sugeriu também à FPC que esta defenda, junto das entidades competentes, a necessidade de uma reformulação do papel dos dirigentes desportivos voluntários.
“Hoje em dia praticamente todos os agentes desportivos do ciclismo (comissários, staff, etc.) são remunerados pelas suas funções mas é sobre aqueles que são voluntários (os dirigentes desportivos) que recaem as maiores responsabilidades e a quem são exigidos resultados de profissionais”, argumenta a associação minhota fazendo notar que “o nível de exigência e de responsabilidade dos dirigentes das associações regionais cresceu exponencialmente, em contraponto com a desvalorização, desincentivo e, por vezes até, menosprezo e desconsideração por quem desempenha aquelas funções”.
De acordo com a Associação de Ciclismo do Minho, “na realidade do ciclismo atual, é exigido a qualquer dirigente desportivo de uma associação regional muita dedicação, disponibilização de tempo, disponibilização de recursos, engenho, criatividade, etc., tornando-se muito mais fácil recrutar novos elementos para outras funções que não a de dirigente associativo, na medida em que essas outras funções são menos exigentes e na maioria dos casos até podem ou são mesmo remuneradas”.
A Direção da ACM defende que o “dirigismo nas associações regionais deve continuar a ser voluntário”, mas considerada “imprescindível incentivá-lo e valorizá-lo.
Além da defesa de uma “reformulação do papel dos dirigentes voluntários num sentido mais amplo”, a ACM propôs à FPC “a adoção de medidas concretas que visem precisamente a defesa, o incentivo e a valorização da função do dirigente desportivo voluntário das associações regionais”.
Sedeada em Guimarães e fundada em 12 de Outubro de 1977, a ACM - Associação de Ciclismo do Minho é uma associação sem fins lucrativos que tem como objeto a promoção e regulamentação do ciclismo, nas suas diversas vertentes, em toda a região do Minho (distritos de Braga e Viana do Castelo).
Integrada na UVP/Federação Portuguesa de Ciclismo, sendo sua representante no Minho, a ACM tem pautado a sua atividade pela promoção e organização de eventos desportivos, com notória predominância para as provas organizadas para os designados escalões de formação.
Medalha de Ouro da Federação Portuguesa de Ciclismo e Medalha de Mérito Desportivo da Câmara Municipal de Guimarães, a ACM promove anualmente atividades para as várias vertentes do ciclismo, nomeadamente, ciclismo de estrada, BTT, Trial Bike, Ciclocrosse e Ciclismo para Todos (BTT e estrada).
Em 2012, a título exemplificativo, a Associação de Ciclismo do Minho registou o seguinte movimento desportivo: 1850 atletas inscritos; 72 clubes; 72 atividades nos 24 concelhos da região do Minho; 1250 colaboradores voluntários em todas as atividades; 30 000 atletas no total de todas as realizações.
No ano de 2013, a Associação de Ciclismo do Minho promoverá 45 provas das diversas vertentes de ciclismo às quais acresce cerca de meia centena de atividades de lazer (BTT e Ciclismo de Estrada). Os principais palcos das atividades de 2013 serão os concelhos de Fafe, Famalicão, Barcelos, Viana do Castelo, Esposende, Arcos de Valdevez, Amares, Póvoa de Lanhoso, Felgueiras, Braga, Paredes de Coura, Terras de Bouro, Guimarães, Vizela, Cabeceiras de Basto, Ponte de Lima e Monção.
Através da promoção do desporto, a ACM orgulha-se de mobilizar a população tanto em atividades de ciclismo de competição como de lazer. Deste modo se tem contribuído para motivar, especialmente as camadas mais jovens da população, para uma manifestação desportiva tão saudável e tão confraternizante como é o ciclismo.
