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ACM alerta para sinais preocupantes em relação ao doping
A Associação de Ciclismo do Minho (ACM) alertou o Secretário de Estado do Desporto e Juventude e a Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) para o que considera serem “sinais preocupantes em relação ao doping”, em especial em eventos e competições não reconhecidas pelas federações desportivas. “O doping corrói a lógica do desporto e constitui um risco para a saúde pública”, afirma a direção da ACM apelando à subscrição do “Jogo limpo - manifesto pela ética desportiva”, um compromisso público em defesa da ética desportiva e contra o doping.

Segundo a Direção da ACM, “existem casos em que atletas a cumprir penas de suspensão por doping participam em competições desportivas não oficializadas em termos federativos, assumindo um papel de referência nesses eventos, vencendo essas competições e emergindo como verdadeiros heróis desportivos”. “Para onde caminha o nosso desporto e que princípios e valores estão afinal a ser transmitidos aos jovens quando atletas implicados em casos de doping ou em que na sua modalidade não existe controlo antidopagem se tornam “campeões” e “ídolos” desportivos depois de participarem em eventos, geralmente muito mediatizados, e em que ninguém regula e defende a ética desportiva ?”, pergunta a direção da ACM.
A ACM (que em 2009 lançou o “Jogo limpo - manifesto pela ética desportiva”) diz “haver indicadores claros quanto a um reposicionamento dos agentes prevaricadores em termos de doping em funções, modalidades e vertentes desportivas anteriormente não conotadas com o doping”, ao mesmo tempo que se assiste ao “surgimento e implantação de organizações empresariais ligadas ao desporto que, a coberto dessa atividade, poderão estar a contribuir para a proliferação do doping”.
Para a associação minhota, “o problema do doping agrava-se e assume contornos preocupantes ao nível dos eventos desportivos organizados à revelia das Federações dotadas do Estatuto de Utilidade Pública Desportiva”. "Nesses eventos não existe qualquer garantia, por exemplo, de cumprimento das normas de segurança e da defesa da verdade e da ética desportiva”, afirma a ACM explicando que os indicadores associados a essas atividades fazem pressupor que os mesmos têm contribuído para a propagação do doping, além de que configuram flagrante e incompreensível concorrência desleal em relação a eventos desportivos oficiais em que é obrigatório, por exemplo, cumprir normas de segurança, salvaguardar a defesa da verdade e da ética desportiva, garantir a existência de seguros obrigatórios e de várias licenças e autorizações. É muito mais fácil e barato não cumprir nada disto”, realça a ACM.
A ACM considera “urgente enquadrar definitivamente todos os eventos nas respetivas Federações dotadas do Estatuto de Utilidade Pública Desportiva e combater os indícios de recurso ao doping que podem derivar do reposicionamento de agentes prevaricadores em novas funções, modalidades e vertentes e do surgimento e implantação de organizações empresarias ligadas ao desporto que poderão estar a contribuir para a proliferação do doping”.
A par do alerta ao Secretário de Estado do Desporto e Juventude e à Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), a ACM relançou e apelou à subscrição do “Jogo limpo - manifesto pela ética desportiva”, um compromisso público em defesa da ética desportiva e contra o doping que a associação minhota promove desde 2009.

Todos os interessados em subscrever o documento podem fazê-lo através do preenchimento do formulário disponível no final do manifesto.
 


JOGO LIMPO - Manifesto pela ética desportiva


O desporto é uma escola de virtudes em que é obrigatória a observância dos princípios da ética, do espírito e da verdade desportiva.

Deploravelmente, o jogo sujo tem ferido a essência do desporto, originando uma imensa descrença que mina flagrantemente a continuidade do sistema desportivo e põe em perigo a saúde pública.

O doping, como que uma máscara invisível com motivações individuais e/ou coletivas, é uma traição aos princípios do desporto e uma das maiores tragédias da atualidade que não se cinge à prática desportiva de competição nem a nenhuma modalidade em particular.

As proporções e a gravidade da dopagem no desporto fazem com que algumas modalidades corram o sério risco de sobrevivência, perdendo totalmente as suas referências morais e descredibilizando-se socialmente ao ponto de deixarem de constituir uma das variáveis fundamentais à formação integral dos indivíduos.

Urge uma tomada de posição que corporize e evidencie à comunidade a necessidade de mudança na forma de abordar o fenómeno do doping, para que o desporto continue a ser uma escola de virtudes, onde aqueles que o praticam procuram a obtenção do mais alto nível de bem-estar físico, psíquico e social.

Travar uma luta sem tréguas contra o doping e denunciar todos os que se mostrem contrários à sã participação no desporto é um dever de todos os cidadãos e um inegável ato de responsabilidade individual que em nenhum momento pode ser negado.

Publicamente, com a relevância desse exemplo e manifestação pública, os subscritores assumem e declaram:
 
• Reafirmar os princípios e valores do desporto, nomeadamente, a ética, a honestidade, o espírito e a verdade desportiva e considerar a  luta contra o doping como um pilar fundamental na sua preservação;

• Assumir quotidianamente uma conduta de "tolerância zero" em relação a qualquer indício, intenção ou prática de dopagem,  desaconselhando e denunciando casos e situações que indiciem práticas violadoras das normas e disposições;

• Desejar a aplicabilidade rigorosa do Regime Jurídico da luta contra a dopagem no desporto (Lei n.º 27/2009 de 19 de Junho);

• Incentivar os agentes e entidades desportivas a retomarem o projeto de criação do passaporte biológico, encarando-o como indispensável na luta contra o doping;

• Aconselhar todas as entidades a contemplarem em todos os acordos/contratos com e entre equipas e atletas cláusulas de rescisão e de penalização no caso de utilização de substâncias e métodos proibidos;

• Instar as entidades competentes a agirem judicialmente contra os prevaricadores em matéria de dopagem, visando o ressarcimento pelos prejuízos e danos causados ao desporto em geral e a cada uma das modalidades em particular por comprovada conduta desviante;

• Sugerir o aperfeiçoamento da eficácia dos métodos e processos de certificação de violação das normas antidopagem de forma a não subsistirem dúvidas e a eliminar possibilidades de invocação de questões meramente processuais para ilibar os prevaricadores; e

• Sugerir a realização de uma campanha nacional, direcionada aos diversos escalões etários e sectores sociais, que alerte para os malefícios do doping e enalteça os princípios e valores do desporto;

 


LISTAGEM DE SUBSCRITORES

 

Formulário indisponivel
Actualizado em 18 Junho 2014