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Fermentões consagrou os Campeões do Minho de Ciclocrosse
Classificações e fotos aqui

O galego Mauro González e a campeã portuguesa Isabel Caetano venceram o Ciclocrosse de Fermentões, primeira etapa da Taça de Portugal de Ciclocrosse disputada na Quinta do Loureiro Velho, Fermentões. Na prova que também atribuiu os títulos de Campeões do Minho de Ciclocrosse - Reclamos Vitória sagraram-se campeões minhotos Vítor Santos e Isabel Caetano em elites, André Moreira (juniores), João Rocha (cadetes), Rogério Matos (master A), António Sousa (master B), Joaquim Sá (master C) e Liliana Lopes (master femininas).

Organizada conjuntamente pela Associação de Ciclismo do Minho e pela Federação Portuguesa de Ciclismo, o Ciclocrosse de Fermentões foi disputado na Quinta Loureiro Velho que integra o Centro Equestre Loureiro Velho e em cuja área e em terrenos contíguos foi delineado o circuito que consagrou os Campeões do Minho e os vencedores da primeira de cinco etapas da Taça de Portugal. 
As condições proporcionadas pela Quinta Loureiro Velho – que em janeiro de 2012 acolheu o Campeonato Nacional de Ciclocrosse - permitiram delinear uma pista de ciclocrosse bastante elogiada, apesar de dura, que permitiu aos muitos espetadores acompanharem de perto o desenrolar da prova.
Mauro González (TB Transportes/Salvaterra de Miño) dominou completamente a corrida de elites, destacando-se da concorrência logo na primeira volta, conquistando, em solitário, um triunfo que não teve contestação. O campeão português e vencedor da Taça de Portugal na época passada, Vítor Santos (Candibyke/Interdesign/Xarão), não foi capaz de alcançar o galego, mas sobressaiu entre os demais, terminando a prova destacado na segunda posição. O campeão nacional de cross country olímpico, Mário Costa (ASC/Bike Zone), fechou o pódio.
A corrida de elite feminina foi mais renhida, com uma disputa acesa entre Isabel Caetano (CSM Epinay) e Ana Rita Vigário (LA Alumínios-Antarte). A campeã portuguesa conseguiu isolar-se na entrada para a última volta, conquistando uma vantagem que conseguiu controlar até cortar a meta, deixando Ana Rita Vigário no segundo posto. A galega Chus Barros (CC Spol) bateu a portuguesa Joana Monteiro (ASC/Bike Zone) na luta pelo terceiro lugar.
O melhor júnior foi André Moreira (Candibyke/Interdesign/Xarão), enquanto João Rocha (Rodabike/ACRG/Gondomar) suplantou os cadetes masculinos. A galega Zaida González (CC O Rosal) é a primeira líder em cadetes femininas.

 

Além de ser a primeira prova pontuável para a edição de 2013/2014 da Taça de Portugal de Ciclocrosse, a corrida de Fermentões permitiu apurar os campeões do Minho desta disciplina de inverno do ciclismo de estrada.
Na atribuição dos títulos de Campeões do Minho de Ciclocrosse - Reclamos Vitória, Vítor Santos (Candibyke / Interdesign / Metal Trigueira), em elites, revalidou o título regional que havia conquistado em Avidos, deixando nas posições seguintes o Campeão Nacional de XCO Mário Costa (ASC / Bike Zone) e Fábio Ribeiro (Candibyke / Interdesign / Xarão).
Em femininos a Campeã do Minho em elites é Isabel Caetano (CSM Epinay Sur Seine) que concluiu o circuito de Fermentões com melhor registo do que Ana Rita Vigário (LA / Antarte) e Joana Monteiro (ASC / Bike Zone), tendo Liliana Lopes (ASC / Bike Zone) sido a vencedora em veteranas.
Em juniores, André Moreira (Candibyke / Interdesign / Xarão) sagrou-se Campeão do Minho, enquanto o campeão em título João Pereira (Escola de Ciclismo Carlos Carvalho) ficou em segundo e Bruno Machado (Seissa/A.C.R.Roriz/Matias e Araújo/Frulact) em terceiro.
João Rocha (Rodabike / ACRG / Gondomar) foi o melhor cadete nas contas do campeonato minhoto, terminando em segundo Bruno Silva (Clube BTT Valongo / Longusbike) e em terceiro Rafael Torres (ASC / Bike Zone).
Em master A, Rogério Matos (Rompe Trilhos) revalidou o título regional, seguindo-se na classificação Carlos Monteiro (Candibyke / Interdesign / Xarão) e Manuel Lopes (ASC / Bike Zone)
António Sousa (Candibyke / Interdesign / Xarão) é o Campeão do Minho em masters B depois de ter terminado o Ciclocrosse de Fermentões à frente de Mário Fernandes (Rodabike / ACRG / Gondomar) e de Rodolfo Lopes (ASC / Bike Zone).
Em master C foi Joaquim Sá (ASC / Bike Zone) a vencer a competição minhota, enquanto João Pinto (NAST / Motocar / Servigás) foi segundo e João Sovelas (Individual) o terceiro.

 

O Ciclocrosse ("corta-mato em bicicleta") é uma vertente de inverno do ciclismo disputada em circuitos com obstáculos (naturais ou artificiais) que por vezes obrigam os atletas a desmontar e a carregar a bicicleta. Exigentes dos pontos de vista técnico e físico, os percursos de Ciclocrosse integram zonas de terra, lama, areia e até estrada.
Com forte implantação na Europa e bastante praticada em Portugal até inícios da década de 90, o Ciclocrosse está a ressurgir no nosso País por força da aposta da Federação Portuguesa de Ciclismo neste vertente do ciclismo.
O Ciclocrosse de Fermentões organizado pela Associação de Ciclismo do Minho e pela Federação Portuguesa de Ciclismo teve o apoio das seguintes entidades: Junta de Freguesia de Fermentões, Quinta Loureiro Velho, Centro Equestre Loureiro Velho, IPDJCasa do Povo de FermentõesReclamos VitóriaCision, Arrecadações da Quintã, Embalagens Gonçalves e Bike Magazine.
 

Fermentões é uma extensa freguesia do concelho de Guimarães, localizada a Noroeste da sede concelhia, bem encostada à cidade, de tal forma que é já praticamente parte integrante da urbe. É atravessada pelo rio Selho, sobre o qual existem diversas pontes, algumas das quais bastantes antigas.
O topónimo Fermentões, é um derivado de "Fermentelos", que por sua vez deriva do latim medieval "foramontanelos", designação dada aos terrenos que pagavam um pequeno foro ao senhorio.
Apesar de cada vez mais ser absorvida em termos urbanísticos pelo crescimento da cidade, Fermentões mantém ainda grandes espaços verdes e uma razoável zona de mata, com o seu ponto mais alto no Monte do Talegre.
A Freguesia teve outrora grande atividade agrícola, daí a existência ainda hoje de vários moinhos ao longo do rio. No entanto, atualmente é essencialmente uma zona residencial da cidade, com algumas unidades industriais, principalmente ligadas às cutelarias, curtumes, têxteis e plásticos, sendo fortemente dominada pela atividade de comércio e serviços.
A urbanização tem tomado conta de grande parte da freguesia mas, no entanto, as características rurais ainda se conhecem à medida que se vai descobrindo a freguesia. A agricultura é uma atividade básica da economia e a indústria tem sido implantada aos poucos, conferindo-lhe novas estruturas.
Fermentões não esqueceu as tradições e, como prova de tal, tem ativo o Museu da Agricultura que retrata a lavoura desde outros tempos até aos dias de hoje.
A região de Guimarães sempre gozou da fama e qualidade dos seus linhos, para as quais Fermentões sempre contribuiu. Os campos dividiam-se, ate há bem poucos anos, entre as grandes sementeiras de linho e a vinha, uma vez que, também ali, o vinho verde é de boa casta e muito produzido. Os famosos " Moinhos de Fermentões", de traça caracteristicamente nortenha, os rodízios de moinhos hidráulicos, que ainda hoje se podem apreciar, povoavam o rio e ocupavam parte da sua população.
Talvez pela riqueza da sua terra e pela proximidade da urbe, Fermentões primou também, desde há séculos, pelas inúmeras casas solarengas, de gente muito fidalga, que se encontram espalhadas pela freguesia. Entre outras, a Casa de Caneiros; a Casa da Covilhã, de João Afonso Ribeiro, O Golias, vassalo e D. João I; e o Casal de Minotes, foreiro ao Mosteiro de S. Domingos. Outro proprietário de terras nesta freguesia, durante a Idade Média, foi Pelágio Gomes, cognominado " Cecus", que em seu testemunho feito em 1182, deixa à Igreja de Santa Maria de Guimarães, os seus moinhos de Fervenças e Caneiros.

Actualizado em 3 Novembro 2013