Quase 23 anos após a sua inauguração, a 21 de Julho de 1990, a sede da ACM - Associação de Ciclismo do Minho, sofreu as primeiras obras de beneficiação e foi reinaugurada no dia 9 de fevereiro de 2013.
O programa da reinauguração - que contou com a presença de muitas individualidades, agentes desportivos e populares - integrou uma festa para a comunidade com a realização de uma exibição de Trial Bike, a atuação do Projeto Partilha e do DJ Nuno Cardoso.
Delmino Pereira (Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo), Manuel Barros (Diretor Regional do IPDJ), vereadores da Câmara Municipal de Guimarães (Domingos Bragança, César Machado, Amadeu Portilha, André Coelho Lima, Luísa Oliveira e Torcato Ribeiro) e da Câmara Municipal de Fafe (Pompeu Martins), entre outros, foram algumas das individualidades que se associaram à reinauguração da sede da ACM.
Após a bênção das instalações pelo padre Germano Queirós, pároco de Nossa Senhora da Conceição, foi efetuada uma visita guiada aos diversos espaços da sede da ACM, destacando-se a reconversão de áreas anteriormente utilizadas para arrumos em zona de serviços administrativos, a construção de uma sala/auditório para reuniões alargadas, palestras e atividades formativas, a reformulação da área de armazém e a criação de uma sala museu da ACM. A intervenção de fundo contemplou também a renovação das redes de saneamento e água, eletricidade, criação de rede estruturada, renovação dos WC’s e balneários, substituição de mobiliário e outros equipamentos, entre outros trabalhos.

No uso da palavra, o presidente da ACM, José Luís Ribeiro, destacou o papel dos fundadores e direções anteriores da ACM e explicou a urgência da intervenção efetuada na sede, face aos problemas que se vinham a agravar. “Se estamos a reinaugurar é porque a sede já tinha sido inaugurada por anteriores direções que lutaram e trabalharam para que ela fosse uma realidade, merecendo serem lembradas, assim como os fundadores da ACM”, explicou.
“A urgência das obras era cada vez maior, não apenas pelos problemas estruturais mas também pela necessidade de melhorar as condições e de dotar o espaço de mais funcionalidade”, prosseguiu o dirigente adiantando que o investimento se aproximou dos 50 mil euros.
Segundo afirmou José Luís Ribeiro, na ausência de recursos, a solução foi recorrer ao mecenato e estabelecer parcerias com empresas e entidades que reconhecem a importância do papel desempenhado pela ACM e que também encontram no ciclismo um bom veículo promocional. “Batemos a imensas portas mas só algumas se abriram: Inoxtubo, Reclamos Vitória, FluxoIbéria, Cadeinor, Azonuba, Eduardo Fonseca - Obras Públicas, Efapel, Project Líder, Vidraria Taipas, Federação Portuguesa de Ciclismo e a Junta de Freguesia de São Paio, a única entidade pública que nos apoiou”.
Ao iniciar uma nova etapa, o presidente da ACM garantiu que a sede “estará ao serviço da comunidade e que serão abraçados, por exemplo, projetos no âmbito da formação, dando como exemplo a sessão sobre “Gerir um clube em tempos de crise” a realizar brevemente e o lançamento de formações modulares.

Apesar do investimento concretizado na sede, a ACM diz não ter perdido de vista o projeto de criação do “Centro de Ciclismo do Minho” que visa conferir à região reais e efetivas condições para a promoção e desenvolvimento do ciclismo.
O desígnio da Direção da ACM é a criação de um espaço para a prática de ciclismo de competição e de lazer, nas suas mais diversas vertentes, proporcionando condições para atividades de recreio, formação, treino e competição. Numa zona que se deseja geradora de centralidades para a localidade em que for implementado, o “Centro de Ciclismo do Minho” deverá estar dotado de condições para a prática da modalidade por qualquer cidadão, independentemente do nível de progresso físico e técnico, admitindo soluções e alternativas compatíveis com as faixas etárias, características e motivações dos praticantes.
Polivalente na sua função - podendo acolher eventos e atividades de outra índole que não apenas a desportiva - o espaço de aprendizagem, aperfeiçoamento e competição de ciclismo deverá integrar também áreas e zonas de acolhimento, apoio e de serviços.

O Presidente da ACM abordou ainda a ligação da ACM a Guimarães, não deixando de aludir à sua integração no espaço social onde tem instalada a sede social.
“Temos excelentes relações de vizinhança e é por isso que retribuímos com a festa programada para hoje. A ACM tem orgulho em estar sedeada em Guimarães. Mas por vezes sentimos que Guimarães parece não ter orgulho em ter no seu concelho e a maior e mais dinâmica associação regional de ciclismo do País. Gostávamos que Guimarães reconhecesse, tal como acontece noutros concelhos, a importância do papel desempenhado pela ACM”, afirmou o presidente da ACM.
A terminar, o presidente da ACM lembrou que a associação concluiu o ano de 2012 com 1850 atletas, 72 clubes e 72 atividades nos 24 concelhos do Minho e que, fruto do trabalho desenvolvido, em regime de voluntariado, nos primeiros dias de fevereiro a ACM já estava perto alcançar o número de atletas e de clubes de 2012.
“Estes resultados só são possíveis porque tenho o privilégio de pertencer a uma direção onde tenho ao meu lado colegas movidos por uma enorme paixão pelo ciclismo e que são verdadeiros campeões”, concluiu José Luís Ribeiro.

Delmino Pereira, presidente da FPC, destacou de seguida o trabalho desenvolvido pela ACM, reafirmando "que este é o caminho do futuro. Estamos no espaço da maior e mais dinâmica associação regional de ciclismo do País e que em 2013 está a registar um crescimento superior à média nacional. Gostava de reiterar que hoje em dia o ciclismo não é só a Volta a Portugal” apontando como exemplo as atividades de formação que têm sido desenvolvidas pela ACM.
“Aqui sente-se o ciclismo, o ciclismo atual, o ciclismo de todas as vertentes e de todos. Cada vez mais estão aqui reunidas as condições para continuar a acolher, a apoiar e a dinamizar o ciclismo”, afirmou o dirigente associativo.
Domingos Bragança, vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães, após as felicitações ao trabalho desenvolvido na sede, enalteceu também “o papel da ACM na dinamização do ciclismo na região, mobilizando milhares de jovens para a prática desportiva”. O autarca realçou ainda a “enorme importância, também, da bicicleta na mobilidade urbana, no contacto com a natureza e na valorização ambiental das cidades”.
Prometendo reapreciar a candidatura apresentada oportunamente pela ACM para apoio às obras, o autarca garantiu que, “mesmo que a Direção da ACM não sinta isso, Guimarães reconhece e tem orgulho em ter a associação em Guimarães, aliás, a única associação desportiva de âmbito regional sedeada no concelho”.
Manuel Barros, Diretor Regional do Instituto Português do Desporto e Juventude, incentivou a Direção da ACM a prosseguir o seu trabalho e destacou a importância de se valorizar a ética desportiva, dando o exemplo do PNED – Plano Nacional de Ética no Desporto com o qual a ACM tem colaborado.
Em declarações aos jornalistas, Pompeu Martins, vereador do desporto da Câmara Municipal de Fafe, considerou que as instalações da ACM são “boas e merecidas pelo trabalho que tem desenvolvido na região”. “Como vereador do desporto da Câmara de Fafe tenho a ACM como um parceiro permanente. Tem sido um caminho positivo e com resultados. Desejo à ACM Um longa vida porque faz falta ao desporto nacional”, afirmou o autarca.
O programa da reinauguração prosseguiu com uma exibição de Trial Bike (a cargo de atletas da equipa SóPedal) e com a atuação do Projeto Partilha e do DJ Nuno Cardoso, tendo a festa sido complementada com um serviço de catering (apoio Sape Gato) e depois com um lanche (apoio da Junta de Freguesia de São Paio). 

Sede da ACM - Associação de Ciclismo do Minho
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